Sinfonia nº 1 – Johannes Brahms
Brahms (1833 – 1897) foi um compositor, pianista e maestro alemão, dos mais importantes do período romântico, sendo considerado um inovador, embora solidamente baseado na tradição clássica.
Desde muito novo revelou grande talento, primeiro como pianista e também como compositor. Contudo, a sua primeira sinfonia foi estreada apenas em 1876 (apesar de ter sido começada a ser composta vários anos antes) portanto já em plena maturidade do compositor. Foi um grande sucesso, tendo ficado célebre um comentário de um dos mais importantes maestros da época, Hans von Bülow, que a apelidou de “décima sinfonia de Beethoven” (sendo que Beethoven compôs nove sinfonias e apenas deixou escassos fragmentos do que seria a décima), dado que Brahms ao pretender homenagear Beethoven colocou na sua sinfonia várias reminiscências beethovenianas. Mas a possibilidade desta situação ser confundida com plágio desagradou profundamente ao compositor.
Para além destes pormenores, a obra é efetivamente uma grande sinfonia, muito empolgante, na tradição da melhor música pura germânica, ultrapassando assim qualquer crítica; seria a primeira de um conjunto de apenas quatro que Brahms compôs, mas que constituem um corpus fundamental do repertório sinfónico. Prova disto é que num inquérito efetuado em 2018 a um conjunto de 151 dos mais importantes maestros da atualidade para escolherem as 20 sinfonias mais importantes da história da música, as 4 de Brahms foram todas incluídas.
A versão sugerida foi gravada em 1952 ao vivo em Londres, dirigida pelo maestro Arturo Toscanini, e é uma referência na discografia da obra, caracterizada pelos tempos rápidos e ritmo bem marcado, de um detalhe e vivacidade extraordinários, acentuando assim as características da obra anteriormente referidas.