Rosalina de Almeida Martins
Em todas as épocas há sempre alguém que nos inspira com a sua vida e isso faz-nos perceber que há sempre um raio de luz! Com um sopro divino iniciamos uma viagem fantástica, uma caminhada de vida pela Terra e somos desde o início postos à prova tentando cumprir com a nossa existência as expectativas que o universo (talvez seja melhor dizer Deus) tem de nós. Por isso se diz que cada pessoa é única e irrepetível e a grandeza de Deus é visível na nossa humanidade especialmente quando essa vida faz parte dum bem maior e é dedicada aos outros. O tempo passa num ápice e é muito breve para tudo o que gostaríamos de fazer no percurso duma vida, mas o Espírito do Amor que semeamos à nossa volta, além de não ser mensurável permanece para sempre. E isto traz-nos justamente ao motivo por que nos encontramos hoje aqui: com esta simples entrevista, a primeira de muitas, pretendemos dar corpo a uma mensagem de amor e dedicação ao próximo da qual a esta estória é precisamente um testemunho vivo.
Ana Gomes

Conversamos com Rosalina de Almeida Martins, de 89 anos, que nos falou, de coração aberto, testemunhando uma vida de doação aos outros. Partilhando connosco as suas vivências de fé individuais e comunitárias. E assim decorreu a nossa conversa…
N-Qual foi a sua primeira grande experiência de fé?
R: Um Curso de Cristandade que fiz foi o ponto de viragem na minha vivência cristã. Aproximei-me de Cristo. A minha grande referência de fé foi Padre Manuel. Também encontro essa referência em pessoas como a Madre Teresa de Calcutá e numa grande amiga que é para mim um modelo de fé.
N- Como é que a Paróquia a ajudou a crescer na fé?
R: Fiz parte da Conferência Vicentina Nossa Senhora da Ajuda, fui Presidente e trabalhei muitos anos na visita aos mais pobres e carenciados da Paróquia de Espinho. Costumo dizer que formamos uma boa equipa. O Padre Manuel dava ajuda espiritual e a minha era mais terrena e por isso complementamo-nos. Também fui convidada para fazer parte do Conselho Paroquial Pastoral, onde participei mais ativamente nas decisões da paróquia e senti que cresci na fé. Sinto que é muito importante ajudar o outro. Jesus diz que é a porta. Uma porta que se abre para que por ela entremos no Reino dos Céus. Ele ensina-nos a estarmos permanentemente abertos aos outros. Falamos sobre isto mesmo nas reuniões do Caminho Neocatecumenal.
N-Neste momento o que mais precisa da Comunidade? E o que pode oferecer à Comunidade?
R: Neste momento o que mais preciso da Comunidade é o Amor e o que mais posso oferecer à comunidade neste momento é também o amor.
N-E que conselhos daria aos mais jovens para a construção duma comunidade viva?
R: Hoje sinto que há menos jovens na Paróquia, mas em contrapartida temos as gerações presentes muito ativas. O meu conselho é que estejam disponíveis para fazerem o bem e para ajudarem os outros. Esta é também a mensagem simples de Jesus, que continua atual e é um dos seus mandamentos:” Amar o próximo como a nós mesmos”.
N- O que acha que falta fazer na nossa Paróquia?
R: Neste momento tenho pessoas da família a trabalhar nos projetos da Paróquia e acho importante que todos nós os abracemos de alma e coração. Já fazemos muito, mas há sempre muita coisa que falta fazer! Quem considerar que não consegue ajudar tem de se lembrar que a melhor ajuda é a oração
N-Gostaríamos muito de lhe agradecer em nosso nome, e em nome da Paróquia de Espinho, o tempo que nos dedicou e a lição de vida de fé que connosco partilhou.Tínhamos muitas coisas mais para lhe dizer, mas cabe tudo numa simples palavra:Bem Haja.Obrigada D. Rosalina!
Esta entrevista foi realizada via “Meet “por: Francisca | Ana Gomes