Uma casa para todos é fazer do mundo uma fraternidade 

Em contramão do isolamento, ser fraterno implica abrir-se ao outro.  Dar-lhe a mão e seguir nesse compromisso. Partilhar o teto, a mesa de um espaço que não tem barreiras, porque não tem dono.

Nas vozes humanas ecoa o desejo de fraternidade: utopia em muitos discursos políticos. 

Em Cristo, a fraternidade não é utópica.  Ela tem um lugar: o íntimo dos que partilham o mesmo Pai e o seu Amor imenso por cada um.


Pastoral Juvenil | Desafio lançado

Com uma resolução especial, as Nações Unidas declararam o dia 4 de fevereiro como o “Dia Internacional da Fraternidade Humana”. A referência é a de 4 de fevereiro de 2019, data da assinatura histórica, em Abu Dhabi, do “Documento sobre a Fraternidade Humana em prol da Paz Mundial e da Convivência Comum“. O documento conjunto foi assinado pelo Papa Francisco e o Grão Imame de Al-Azhar Ahmad Al-Tayyeb, e é considerado um marco histórico nas relações inter-religiosas, e convida “todas as pessoas, que trazem no coração a fé em Deus e a fé na fraternidade humana, a unir-se e a trabalhar em conjunto”.

Neste mês dedicado à Fraternidade Humana, o Papa Francisco exorta todos os católicos a porem em prática algumas atitudes: dar-se conta de quanto vale um ser humano, de quanto vale uma pessoa, sempre e em qualquer circunstância; construir pontes no seio da família, nos próprios ambientes, promovendo sempre os motivos de união e lutando contra a divisão; acolher a diversidade, dar graças pelas pessoas diferentes de nós, que pertencem a outras religiões, olhá-las como irmãos e irmãs, ser generoso em gestos e atitudes de simpatia e acolhimento; rezar pela fraternidade humana, pelos que sofrem por serem anulados na sua dignidade, para que sejam olhados como irmãos e não como ameaças e a cultivar a abertura, promovendo momentos de encontro e convívio com grupos religiosos diferentes do meu, fisicamente ou através dos meios digitais.

Neste contexto, o Padre Artur desafiou os jovens a assinalarem o dia da Fraternidade Humana tendo por base a frase: “Uma casa para todos é fazer do mundo uma fraternidade”.

Assim, neste dia, todos os grupos pertencentes à pastoral juvenil publicam, nas redes sociais da paróquia, pequenos vídeos, onde cada grupo expôs o que é para si a FRATERNIDADE HUMANA. Agora o desafio fica nas tuas mãos

Manuela Ferreira 


… Desafio agarrado

 Podemos ver a forma como os nossos jovens responderam ao desafio no canal de youtube da paróquia de Espinho


… Desafio abraçado

Foi com muita emoção e alegria que recebi os vídeos de cada um dos grupos de jovens da nossa comunidade. Creio que estamos diante de uma geração extraordinária a quem podemos confiar o nosso futuro.

Nunca se esqueçam do outro, porque quem se esquece do outro, esquece-se de si, do humano que é.

Um grande abraço do vosso pároco, na esperança de continuar a construir convosco um mundo melhor para vós e para todos.

Pe. Artur


O olhar de uma jovem

 Associo o valor da fraternidade às pessoas com quem me sinto mais confortável. É um dos valores que têm sido esquecidos nos últimos tempos. Mesmo numa situação de catástrofe, como a que, claramente, estamos a viver neste momento, as pessoas não querem dar apoio umas às outras. Chegamos a uma altura em que a palavra fraternidade perde o sentido e isso acontece, pois as pessoas passam por cima de tudo para conseguirem ser as melhores ou para alcançarem um objetivo. Deixa de haver amizade, uma ligação entre as pessoas, o que resulta num mundo mais cruel, onde não existem o apoio, a compaixão e a empatia, um mundo onde é mais importante julgar e provocar o outro do que estender a mão e abrir os olhos para o sofrimento, um mundo onde todos estão cegos para a realidade, mesmo na mais extrema das situações. O que é difícil entender, para muitos, é que, mais do que nunca, precisamos uns dos outros. Precisamos de nos juntar e entender que as diferenças são o que nos torna entidades distintas umas das outras. Não somos todos iguais e isso é um presente para nós e, com toda a certeza, não quereríamos que o contrário acontecesse. Precisamos de perceber que, quando julgamos e nos afastamos dos outros, não estamos a fazer nada senão aumentar o nosso egocentrismo e falsa sensação de superioridade. Então, comecemos a ajudar e a ser mais abertos a quem está à nossa volta, sem colocar estereótipos nem assumir o que não sabemos, apenas por uma simples atitude ou comportamento de alguém. Vamos gostar mais uns dos outros e esforçar-nos por nos colocarmos do outro lado, por aceitar e abraçar os problemas de quem está perto de nós, independentemente das nossas crenças e opinião pessoal. Vamos respeitar mais e evitar agir de forma competitiva ou egoísta. Assim, ganhamos também esse mesmo respeito e, talvez até, mais laços e relações mais significativas. Acredito que a nossa paróquia suportou bem esta situação, mantendo-nos em contacto, uns com os outros, durante os meses de quarentena e conseguindo, assim, que a fraternidade permanecesse um valor importante. 

Francisca Gomes


O olhar de um adulto 

Fraternidade é……?

Quantos movimentos de fraternidade há no mundo!

Siglas pomposas, são criativos, agregam pessoas generosas, iluminadas que lutam por causas, por currículos…. 

Fraternidade é a humildade de servir o Outro. 

Como nos dizia o nosso pároco( em Refletindo o 

Evangelho) é unirmo-nos para responder àquela pergunta de quem está muito angustiado :

  • Está aí alguém?!

É, em comunidade, de coração livre e desinteressado que saímos, acolhemos, resolvemos, saramos, sentimo-nos impotentes, mas continuamos…

 Impulsionados no Amor que Jesus contagia e na dor do irmão que se faz urgente

-Está aí alguém?!

Fraternidade é sentir a alegria partilhada, a febre da preocupação de mais servir, o sorriso genuíno de quem sabe que Tudo ainda está por fazer….. 

-Está aí alguém?!

-Sim. Confia! 

Celeste Moreira

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